Afonso Costa licenciou-se (1894) e doutorou-se (1895) em Direito na Universidade de Coimbra, com um trabalho sobre o tema A Igreja e a Questão Social. Foi um advogado de grande prestígio e um dos juristas mais respeitados do seu tempo devido ao rigor na fundamentação das suas teses. Foi professor na Universidade de Coimbra (Direito Civil, 1896, Economia Política, 1896 98 e Organização Judiciaria, 1897 1901), na Escola Politécnica de Lisboa (Economia Política, 1911), na Faculdade de Estudos Sociais e de Direito (depois Faculdade de Direito) de Lisboa – que fundou (1913) e de que foi o primeiro director – e no Instituto Superior de Comércio (1915).
Republicano desde a juventude, publicou (1890), com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Ainda durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano (1899, 1906-07, 1908 e 1910), destacando-se pela violência dos seus discursos contra o regime monárquico e desempenhando assim um importante papel na agitação política que antecedeu a sua queda.
Proclamada a República (1910, 5 de Outubro), foi parlamentar entre 1911 e 1926, assumiu funções governativas como Ministro da Justiça (1910-11), Ministro das Finanças (1913-14 e 1915-17) e Presidente do Ministério (1913-14, 1915-16 e 1917), tendo sido um dos principais ideólogos do regime republicano, contribuindo muito para a construção da sua estrutura política e jurídica.
Para além do contributo que deu à Constituição Republicana (1911), devem-se-lhe as iniciativas políticas que conduziram à elaboração de leis como a Lei da Família, a Lei do Registo Civil, a Lei do Divórcio, a Lei da Separação do Estado e das Igrejas (1911), a Lei do Inquilinato, a Lei da Reorganização Judiciária, a Lei da Reforma Monetária, a Lei da Expulsão das Ordens Religiosas, ou seja de principais realizações da República. Deve-se-lhe também a elaboração do primeiro Orçamento de Estado devidamente organizado e equilibrado desde o estabelecimento do liberalismo em Portugal. Defensor da causa aliada, foi um dos promotores da participação de Portugal na 1ª Grande Guerra.
Foi o principal instigador da revolta contra a ditadura de Pimenta de Castro (1915) e esteve posteriormente preso durante três meses, acabou por se exilar em Paris (1918).
Quando se retomou a normalidade democrática no país, foi sucessivas vezes instado a constituir ministério ou a aceitar a pasta das finanças mas recusou sempre, preferindo permanecer no estrangeiro, onde acabou por desempenhar diversas missões diplomáticas importantes e, designadamente, as da presidência das delegações portuguesas à Conferência da Paz (1919) e à Sociedade das Nações (1920 e 1925-26), onde também presidiu (1926) à sua Assembleia Geral.
No seguimento da revolução de 1926 (28 de Maio) que, depois de um período de ditadura militar, lançou as bases do Estado Novo, foram-lhe retirados todos os cargos oficiais que ocupava.
Republicano desde a juventude, publicou (1890), com António José de Almeida, o jornal anti-monárquico Ultimatum e esteve implicado nas revoltas de 31 de Janeiro de 1891 e de 28 de Janeiro de 1908, tendo então sido preso. Ainda durante a monarquia, foi deputado pelo Partido Republicano (1899, 1906-07, 1908 e 1910), destacando-se pela violência dos seus discursos contra o regime monárquico e desempenhando assim um importante papel na agitação política que antecedeu a sua queda.
Proclamada a República (1910, 5 de Outubro), foi parlamentar entre 1911 e 1926, assumiu funções governativas como Ministro da Justiça (1910-11), Ministro das Finanças (1913-14 e 1915-17) e Presidente do Ministério (1913-14, 1915-16 e 1917), tendo sido um dos principais ideólogos do regime republicano, contribuindo muito para a construção da sua estrutura política e jurídica.
Para além do contributo que deu à Constituição Republicana (1911), devem-se-lhe as iniciativas políticas que conduziram à elaboração de leis como a Lei da Família, a Lei do Registo Civil, a Lei do Divórcio, a Lei da Separação do Estado e das Igrejas (1911), a Lei do Inquilinato, a Lei da Reorganização Judiciária, a Lei da Reforma Monetária, a Lei da Expulsão das Ordens Religiosas, ou seja de principais realizações da República. Deve-se-lhe também a elaboração do primeiro Orçamento de Estado devidamente organizado e equilibrado desde o estabelecimento do liberalismo em Portugal. Defensor da causa aliada, foi um dos promotores da participação de Portugal na 1ª Grande Guerra.
Foi o principal instigador da revolta contra a ditadura de Pimenta de Castro (1915) e esteve posteriormente preso durante três meses, acabou por se exilar em Paris (1918).
Quando se retomou a normalidade democrática no país, foi sucessivas vezes instado a constituir ministério ou a aceitar a pasta das finanças mas recusou sempre, preferindo permanecer no estrangeiro, onde acabou por desempenhar diversas missões diplomáticas importantes e, designadamente, as da presidência das delegações portuguesas à Conferência da Paz (1919) e à Sociedade das Nações (1920 e 1925-26), onde também presidiu (1926) à sua Assembleia Geral.
No seguimento da revolução de 1926 (28 de Maio) que, depois de um período de ditadura militar, lançou as bases do Estado Novo, foram-lhe retirados todos os cargos oficiais que ocupava.
Maike Santos
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