segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

António José de Almeida




Republicano António José de Almeida
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António José de Almeida (1866 – 1929) nasceu em Vale da Vinha, concelho de Penacova, em 1866, e tinha 25 anos quando se deflagrou a revolta do Porto em 31 de Janeiro de 1891. Formou-se em Medicina e destacou-se por ser um eloquente orador. Em 23 de Março de 1890 publicou no jornal académico "O Ultimatum", o artigo Bragança, sendo o autor processado. Defendeu-o o Doutor Manuel de Arriaga mas foi condenado a três meses de prisão o que espalhou o seu nome, até aí pouco conhecido. Publicou então, o livro Desafronta e Palavras de um intransigente.
Quando terminou o curso partiu para S. Tomé. Ali exerceu clínica, notabilizando-se no tratamento das doenças dos países quentes, adquirindo fortuna.
No funeral de Rafael Bordalo Pinheiro, conquistou as admirações pela brilhante e ousada oração que pronunciou. Tornou-se um dos mais queridos chefes da republicana. Combateu em comícios ao lado de Afonso Costa, Alexandre Braga, Bernardino Machado, Manuel de Arriaga e outros célebres oradores do movimento democrático. Foi eleito deputado do seu partido em 1906.
Tomou parte na conspiração contra a ditadura de João Franco sendo enclausurado quando dos acontecimentos de Janeiro de 1908. Posto em liberdade, continuou a sua propaganda nas páginas dum panfleto, Alma Nacional, e no livro A Monarquia Nova.
Proclamada a República, foi escolhido para a pasta do Interior no Governo Provisório e fundou o jornal "República.
Depois da revolução de Sidónio Pais, deflagrada a 5 de Dezembro de 1918, e da revolta monárquica de Monsanto, a 19 de Janeiro de 1919, António José de Almeida foi eleito para a presidência da República, em 6 de Agosto, cargo que assumiu até 5 de Outubro de 1923.
Sofrendo de gota durante grande parte da sua vida, foi-se gradualmente afastando da política. Faleceu na madrugada de 31 de Outubro de 1929. No seu funeral estavam presentes individualidades de todos os partidos políticos.


Diogo Balé

9º A Esc. Secundária Monte Caparica

2 comentários:

  1. Nasceu no Porto 14 de Fevereiro de 1856.
    Concluído os estudos preparatórios e logo de seguida matriculou-se na Academia Politécnica , em 1875, na Escola Médico-Cirúrgica,durante o seu percurso na academia politecnica basilio teles teve de abndunar o curso devido a um conflito que teve com um professor.
    Logo de seguida e não contente leccionou nas disciplinas de Literatura, Filosofia e Ciências Naturais, ao mesmo tempo que escrevia para alguns jornais políticos e literários, defendendo os ideais republicanos.
    Filiado no Partido Republicano Português (PRP) Basílio Teles também fez parte do Clube de propaganda democrática do norte, e teve um papel muito importante na preparação da revolta de 31 de Janeiro de 1891, o que o levou ao exílio.
    De volta a Portugal entre 1897 e 1899 fez parte do dirctorio PRP e depois tambem em 1909 e 1911, teve uma vida um pouco complicada após uma amnistia mas cheio de vontade de lutar contra a monarquia.
    Por algumas influencias de Afonso Costa foi proposto o cargo para as finaças mas, Basilio Teles não aceitou . Tudo isso deu-se em 5 de Outubro de 1910.
    No entanto não se afastou da vida política e chegou a apresentar um programa político, em 1911, em que proponha medidas tão polémicas como a reposição da pena de morte e o encerramento das escolas até serem totalmente reformadas pela República. O programa não foi aceite.
    Basílio Teles acabou por se afastar da vida política, sem nunca deixar de defender os seus ideais. Recusou um convite para tomar posse como Ministro da Guerra a 15 de Maio de 1915.
    Acabando por morrer no dia 10 de Março de 1923 no mesmo local onde nasceu.(porto)

    Débora Seixas

    9º B Esc. Secundária Monte Caparica

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  2. António José de Almeida (Vale da Vinha, Penacova, 17 de Julho de 1866 — Lisboa, 31 de Outubro de 1929) foi um político republicano português, sexto presidente da República Portuguesa de 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923.
    Um dos mais populares dirigentes do Partido Republicano, desde muito novo manifestou ideias republicanas. Era ainda aluno de Medicina em Coimbra quando publicou no jornal académico Ultimatum um artigo que ficou famoso, intitulado Bragança, o último, que foi considerado insultuoso para o rei D. Carlos.
    Defendido por Manuel de Arriaga, acabou condenado a três meses de prisão. Depois de terminar o curso, em 1895, foi para Angola e posteriormente estabeleceu-se em São Tomé e Príncipe, onde exerceu medicina até 1903. Regressando a Lisboa nesse ano, foi para França onde estagiou em várias clínicas, regressando no ano seguinte.
    Montou consultório, primeiro na Rua do Ouro, depois no Largo de Camões, entrando então na política activa. Foi candidato do Partido Republicano em 1905 e 1906, sendo eleito deputado nas segundas eleições realizadas neste ano, em Agosto. Em 1906, em plena Câmara dos Deputados, equilibrando-se em cima duma das carteiras, pede aos soldados, chamados a expulsar os deputados republicanos do Parlamento, a proclamação imediata da república. No ano seguinte adere à Maçonaria. Os seus discursos inflamados fizeram dele um orador muito popular nos comícios republicanos. Foi preso por ocasião da tentativa revolucionária de Janeiro de 1908, dias antes do assassinato do rei D. Carlos e do príncipe Luís Filipe. Posto em liberdade, continuou a sua acção demolidora pela palavra e pela pena, sobretudo enquanto director do jornal Alma Nacional. Ministro do Interior do Governo Provisório, foi depois várias vezes ministro e deputado, tendo fundado em Fevereiro de 1912 o partido Evolucionista, que dirigirá, partido republicano moderado organizado em torno do diário República, que tinha criado em Janeiro de 1911, e que também dirigia, opondo-se ao Partido Democrático de Afonso Costa, mas com o qual porém se aliou no governo da União Sagrada, em Março de 1916, ministério de que foi presidente. Em 6 de Agosto de 1919 foi eleito presidente da República e exerceu o cargo até 5 de Outubro de 1923, sendo o único presidente que até 1926 ocupou o cargo até ao fim do mandato. Nestas funções foi ao Brasil em visita oficial, para participar no centenário da independência da antiga colónia portuguesa. A sua eloquência e a afabilidade do seu trato fizeram daquela visita um êxito notável. Durante o seu mandato deu-se o levantamento radical que desembocou na Noite sangrenta de 19 de Outubro de 1921, em que foram assassinados, por opositores republicanos, o chefe do governo da altura, António Granjo, assim como Machado Santos e Carlos da Maia. Nomeou 16 governos durante o seu mandato. Os seus amigos e admiradores levantaram-lhe uma estátua em Lisboa, de autoria do escultor Leopoldo de Almeida e do arquitecto Pardal Monteiro, e coligiram os seus principais artigos e discursos em três volumes, intitulados Quarenta anos de vida literária e política, obra publicada em 1934.

    João Tiago
    9ºB Esc. Secundária Monte de Caparica

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